Wednesday, 5 December 2007

(retincências)

Serão os anjos, sempre, os seres mais ambíguos, ultrapassando uma qualquer crueldade humana tão tipicamente intrínseca? Porque escolherão sempre cores diferentes para se apresentarem perante mim? Confundem-me a visão e, consequentemente, deturpam a minha sensibilidade, antes pensada e percepcionada como a arma mais nuclear e poderosa. Armamento, armamento… despida dele me (des)encontro, me (re)encontro. Cabe-me entender assim uma paleta infinita de tons que deambulam – assim me parece – em círculos que se transformam em cíclicas espirais de entropias conectadas em alguma onda energética. O choque acontece quando esborratamos, sem intenção aparente, uma cor com outra, e assim deixa de ser cor, pelo menos a cor que era. Passa a outra, meio desconhecida, que novamente se nos apresenta… e deixa um questionamento altamente constrangedor o ar… quem és? Como te apresentas? E o ciclo assim continua, parecendo deslumbrar-se a ele próprio com esta dança iluminada de sensações jovens e pesadas, que chegam mesmo a cansar. Fadiga, fadiga, monstruosa fadiga.

Insight

desvios e caminhadas...trepar ao sopé de, balançar até sentir a tontura das alturas e da velocidade, tentar o equilibrio e despir, sussurrar, encontrar, situar. venhama nós essas almas desenconrajadas, ensinemo-las a acenar e a contar com.