Tuesday, 26 February 2008

Eu,Tu,Ele/Ela,Nós,Vós,Eles/Elas


o momento presente recria em mim inúmeras e dolorosas conjugações de verbos que se querem finalizados. sem desejos de entendimento, acabo, por fim, a pensar que poderei fazer de mim própria um verbo, conjugado por todos vocês, em uníssono... como se de uma sinfonia de amor se tratasse.

muitas foram as situações em que, silenciosa ou euforicamente, os entoei perante e para todos vocês. e sei que o sentiram, que eu o senti por vocês e, assim, vos fiz sentir que o sentiram. indiferente às distinções dos tempos, faço da minha presença o próprio tempo. quanto ao espaço, esse, decididamente, encontra-se fora de mim e perdido nele mesmo. sem regras e leis, passeia no à-vontade caracteristico dos fenómenos amplamente subjectivados por alguém frustrado que acabou - porque acabam sempre - por querer definir o que, sem sombra de dúvida, não se define com palavras de gente. um alfabeto aleatório e fora do nosso alcance o define...deixemos esse pormenor.

adiante...

clarifico-me e sei que sinto, porque as horas que hoje por mim passaram foram conjugadas com verbos precisos e puros, do mais límpido e trasnparente que pode existir, da forma mais lúcida à mais simples que a natureza dos seres permite existir. contactos inesperados, assim o posso definir... tavez por serem tão pouco acessiveis ou, então, por serem tão complicados de compatibilizar em nós.

assim o escrevo, porque uma borboleta me proporcionou concluir que assim era, pelo menos para o dia de hoje. e porque a mesma borboleta, tão permanente nos meus pensamentos, se deve permitir abraçar a ela mesma...e, se necessário, vou abraçar-me com ela. sim, faz-se luz quando duas almas se encontram e se partilham desta forma, quase incandescente.

e, como sempre, acredito.

Tuesday, 5 February 2008

A ria tinha de o levar...

- Segunda-feira, 4 Fevereiro 2008 - 00:30
Pescador cai à Ria e morre afogado
O corpo de José Santos foi encontrado a meio da tarde por um familiar. Eram 16h45 e o pescador de 82 anos estava desaparecido pelo menos desde as 05h00 da madrugada. Foi a essa hora que os familiares do homem encontraram o pequeno barco, de três metros e meio, no areal poente da Praia de Faro, do lado da Ria Formosa. Tinha saído para pescar uma hora antes.

in Correio da Manhã

Saudades, Sr.Zeca
Homem íntegro, generoso, humano.
A ria tinha de o levar...

Em vez de ser, Ser


quem somos ou quem achamos ser pode dar origem a diferentes significados de um todo coerente

ou somos partes de um todo ou nos encaixamos por partes em determinada entidade.

esta diferenciação, tão discutida ao longo dos tempos deixa, a cada um de nós, as mais diversas questões.

dúvidas e reflexões credíveis, na verdade, mas que se encontram sempre num ponto de origem comum: o facto de Sermos humanos


e, se no fundo, nos denominamos de ser humanos, há que agir como tal.

fará algum sentido sermos alguém que não somos quando sabemos verdadeiramente que alma nos ocupa?

a sério, vale a pena acreditar nas pessoas, nem que seja por breves momentos.

e se acreditar nelas nos leva a acreditar em nós mesmos, será essa então a nossa missão.


o acreditar em algo parte de nós e em nós se terá de manter.

se é recíroco ou não pouco importa, pelo menos num início pouco esclarecedor tão típico das mais de mil milhares fases da vida.

a fixação num acreditar, qualquer que seja, guia-nos permanentemente por novos trilhos e descobertas

e será nessa direcção que se encontra o Sentido

(isto para os que anteriormente ainda não se tivessem deparado com ele).


sendo indiferente ao caminho de cada um, há quem tenha dificuldades acrescidas nas escolhas,

o que no fundo se legitima pela simples razão de Ser especial.

para almas iluminadas, caminhos iluminados

e, há que dize-lo, a luz não está sempre presente e muito menos implica facilidade.

pelo contrário, há que ter magia e encotrá-la no meio de todo um aglomerado confusional de escuridão.

não sendo algo mais complicado, é sim algo com um carácter de desafio

aceitá-lo ou ignorá-lo é continuar a viver ou deixar-mo-nos levar pela ausência de sentido das coisas.


o desconforto da indecisão por vezes tortura

e procura-se pacificar a alma em pedaços insignificantes de vidas alheias.

mas será esse relamente o sentir que nos pertence?

até poderá ser, se o misturarmos com o nosso e o denominarmos como um plural acolhedor.

mas uma vez não sendo plural, será um singular

1) em construção

2) desfragmentado

3) sem aparente sentido
assim, procurar... será o verbo mais adequado e o mais permanete em nós

talvez mesmo aquele que faz mais sentido

aquele que será companheiro de viagem ou, ainda, o conteúdo da nossa bagagem emocional.

faz sentido sermos quem somos, principalmente quando somos tanto e nunca demasiado.