
o momento presente recria em mim inúmeras e dolorosas conjugações de verbos que se querem finalizados. sem desejos de entendimento, acabo, por fim, a pensar que poderei fazer de mim própria um verbo, conjugado por todos vocês, em uníssono... como se de uma sinfonia de amor se tratasse.
muitas foram as situações em que, silenciosa ou euforicamente, os entoei perante e para todos vocês. e sei que o sentiram, que eu o senti por vocês e, assim, vos fiz sentir que o sentiram. indiferente às distinções dos tempos, faço da minha presença o próprio tempo. quanto ao espaço, esse, decididamente, encontra-se fora de mim e perdido nele mesmo. sem regras e leis, passeia no à-vontade caracteristico dos fenómenos amplamente subjectivados por alguém frustrado que acabou - porque acabam sempre - por querer definir o que, sem sombra de dúvida, não se define com palavras de gente. um alfabeto aleatório e fora do nosso alcance o define...deixemos esse pormenor.
adiante...
clarifico-me e sei que sinto, porque as horas que hoje por mim passaram foram conjugadas com verbos precisos e puros, do mais límpido e trasnparente que pode existir, da forma mais lúcida à mais simples que a natureza dos seres permite existir. contactos inesperados, assim o posso definir... tavez por serem tão pouco acessiveis ou, então, por serem tão complicados de compatibilizar em nós.
assim o escrevo, porque uma borboleta me proporcionou concluir que assim era, pelo menos para o dia de hoje. e porque a mesma borboleta, tão permanente nos meus pensamentos, se deve permitir abraçar a ela mesma...e, se necessário, vou abraçar-me com ela. sim, faz-se luz quando duas almas se encontram e se partilham desta forma, quase incandescente.
e, como sempre, acredito.