Sunday, 19 October 2008

Nunca mais...

Pic by Mel K.
(London,April2008)

Dias, dias, dias... dias que passam, dias que pesam.

Dias que se multiplicam quando deviam dividir-se.

Dias que comprimem o seu próprio tempo em partículas que não sabem ainda equacionar-se. Dias que criam e inovam os velhos dias, se sobrepõem a tudo o que outrora foi.

Dias que alcançam o poder das horas, dos minutos, que jogam todos uns contra os outros numa dualidade complicada demais.

Dias vão, dias voltam. Ontem, amanhã, depois...
Faltam 55 dias.

Thursday, 16 October 2008

Senta, relaxa...


"Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um acidente provocado por excesso de cerveja:Uma jovem que bebeu demais atropelou o padre e os noivos na porta da igreja

E pro índio nada mais faz sentido~

Com tantas drogas proque só o seu cachimbo é proibido?


Maresia, Sente a maresia Maresia ...

Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Manda a fumaça do cachimbo pra cachola

Acende, puxa, prende passa

Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça"


Cachimbo da Paz - Gabriel, o Pensador

Wednesday, 15 October 2008

Saudades...

Pic by Mel K.

pensamentos fortuitos

A tentativa de horizontalizar as relações laborais entre os membros de uma empresa, revela-se uma tarefa algo complexa quando é notório que cada um fala um idioma diferente e defende ideologias muito próprias. Entre uns a disputa é saudável e adocicada com cumplicidades, entre outros, disputa é disputa, guerra.

Ao ver tudo isto através da posição de espectadora, não sei aplaudir ou ter reacções às birras e explosões de egocentrismo ridículas a que tantas vezes assisto. Bajulações à parte (trata-se de uma questão de sobrevivência), sei que ajudo a suportar uma estrutura que não foi bem edificada; mas sei também que essa estrutura deficiente me suporta a mim, num jogo dissimulado de troca suja de serviços, de omissões consentidas e papéis meio assinados.

É visivel que, a pouco e pouco, vou desejando o que não quero mas o que me fazem sentir. Complicado, de facto. Diariamente, vão-se produzindo todo o tipo de sentires novos por todo o tipo de pessoas. Comparando-me com os demais, penso até ser demasiado tolerante... e, sinceramente, confunde-me o cinismo. Estes demais adquiriram uma tal capacidade de se transmutar que, num minuto são clarividência e noutro a pura estupidez (aquela que irrita, mesmo).

...

As almas penadas do costume: caminham sempre na diagonal, chaves ao peito, passo apressado, cordiais, meios sorrisos, cumplicidades. Percebo os flirts que emergem no dia-a-dia no local de trabalho. E não só percebo como também os sinto, sem lhes atribuir qualquer sentir ou sentido, nada me fazem sentir. Eles existem porque sim e porque sem eles as essências ressentir-se-iam.