Deambulei. Nada dei de mim pois tudo deixei dentro de outro alguém. Deambulei sem rumo, fazendo vezes sem conta os caminhos de volta de quem por mim passava. Montes verdes, caminhos sinuosos, pedaços de vidas acontecendo todos ao mesmo tempo.
Deixei tudo para trás e caminhei.
Permaneci. Uma presença sem essência num cenário agitado e cheio de vida. Permaneci sem estar, proporcionando ao palco em questão o balanço natural entre o que é e o que deixa de ser.
Descobri um pouco mais do que já conhecia sem qualquer aparente interesse. Emergi no tumulto dos que nada fazem e tudo querem e continuei a evitar ser. Envolvi-me no ambiente e procurei.
Ainda existe no outro alguém um pouco de mim.
Thursday, 28 May 2009
Friday, 15 May 2009
Wednesday, 13 May 2009
Tuesday, 12 May 2009
Cancro da próstata
Querido pai,
Sinto-me só porque não te tenho perto. Quero abraçar-te e dizer-te que vai tudo correr bem, apesar das minhas lágrimas serem espelho do medo que me assola. Anseio estar na tua cabeceira e falar-te sobre qualquer coisa só para te ver sorrir e sentir o quanto gostas de mim. Estar longe duplica a proporção do que te atinge por dentro e eu não sei ver o real, não sei ver-te. Quero estar perto para te poder sorrir e acalentar teu coração… o meu bate por ti.
Sinto-me só porque não te tenho perto. Quero abraçar-te e dizer-te que vai tudo correr bem, apesar das minhas lágrimas serem espelho do medo que me assola. Anseio estar na tua cabeceira e falar-te sobre qualquer coisa só para te ver sorrir e sentir o quanto gostas de mim. Estar longe duplica a proporção do que te atinge por dentro e eu não sei ver o real, não sei ver-te. Quero estar perto para te poder sorrir e acalentar teu coração… o meu bate por ti.
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