Thursday, 23 August 2007

tarde no dia de hoje

horas em demasia que passam sem eu saber o que com elas fazer
não são lentas, não passam por mim sem dar por elas
acontecem, sei que sima
penas não lhes sinto presença de acção
são como o «leve, levemente...»mas batem forte porque penso em ti.
saí de uma sessão não prolongada, de todo demorada
apraz-me sempre saber que alguém ficou bem,
sempre apesar de uma tristeza de cara lavada
apresentada logo desde o início.
confuso, sabes se me entendes?
contento-me apenas com mais uma dose,
pouco significante para o actual estado de espírito, mas presente
não é descarada, mas assume-se perante mim
acena-me e conquista-me.s
erão tais palavras agora escritas merecedoras de atenção?
sabes que sim, eu sei que não,
apenas tento (re)conquistar-te uma e outra vez.
não cambaleio
sinto a minha flor da pele,
uma sensação que escorre, se deixa vir,
que descrimina cada poro, sem vertigem
descortina, descortina.
oh, terra selvagem, quem te criou?
belo fruto, desenhado com primor.
a sério que te revivo, por entre nós e laços
desfeitos um por um, paciência vou tendo
que nem dela me dou conta
vezes há em que todas vocês se desentendem
e depois em mim colocam culpas,
desautorizadas - digo eu.
de nada me culpem senão por vos amar
descontente não estou, crente sim.
há quem me anseie e de mim nada têm,
pois no final só me sei contar até 1...
mais de mim só em vislumbres,
tendes olhos para me veres em tantas?
mentiras me dizes, em mentiras te (re)invento
e de novo te dirijo amor, e mais, e mais.

há um poeta ou outro que disfarça tudo quanto encontra,
electrifica palavras sem energia
e foge quando verdadeiramente se revive nelas.
e sons? sons que chamam, que manipulam,
aqueles que em palavras não se encontram?
esses sons, esses mesmos, os que pensas,
os que te acompanham o bater do coração.
sem máscaras e rumos, deixai que me levem
deixei de pertencer a estas palavras,
caso outrora minhas tenham sido, não mais serão.

sempre em sorrisos de cores,
que se reproduzem em outras tantas
e a conta lhes perco de tanta alegria...agoora, assim.

1 comment:

Lua* said...

que saudade...

de te ter

de te sentir a viver

de te beijar a correr

de te abraçar a gemer

de te ter em mim

e saber que sim!

sem pensar em amor, sem pensar em depois...

Conta-me a nossa história, não lhe dês um final feliz, não lhe dÊs um final...

beijo-te*