(Há momentos em que parto para não sei onde. Na-
vegação espiritual. Ou dispersão na terra abstracta, a
única que se vê quando não se vê. São as grandes caça-
das dentro de mim mesmo, a busca da magia perdida,
uma palavra cintilante, uma perdiz imaginária, um so-
pro, um ritmo, uma esécie de bafo. Como o teu. Às
vezes sinto-o, outras não. Mas sei que estás aí, algures,
enroscado na minha própria solidão.)
in Cão como Nós, Manuel Alegre
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