A alienação que sentimos é, por vezes, fruto da desorganização de sentires que percorrem o nosso espaço interior. Sem saber dar forma ou mesmo conteúdo ao que o coração sente, desconectam-se os dois mundos nos quais supostamente vivemos. E depois, o mesmo cenário, em que recapitulamos vezes sem conta e acabamos sempre por confirmar o mesmo, por vezes com um estranho acréscimo de desconforto que teima em pairar no ar. Não creio haver no mundo razão para tal alienação, pelo menos não da que nos transporta para fora de nós mesmos. Sem ter noção do que às vezes se
aproxima,tenta-se integrar sempre o antes, para que o agora se torne mais palpável, real e natural. Mas como a vida depende do equilibrio, não é de estranhar que nos deparemos dia sim dia não, com certos pensares que nos remetem de novo para a nossa condição e essência, e nos permitam retornar a nós mesmos, à nossa semelhança com o outro.
E assim se conjuga o singular e o plural em simultâneo, numa linda harmonia de vontades de ser.
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