o fenómeno de lançamentos de livros, pequenas palestras, tertúlias - em particular os da área científa - geram sempre um aglomerado de pessoas do círculo. Pessoas essas que se cumprimentam e sorriem sempre, para onde quer que virem a cabeça, parecendo procurar constantemente novos conhecidos para abraçar e dizerem, com o sorriso, "eu também estou aqui, estás a ver?".
é do meu particular interesse observar estes comportamentos, na medida em que sou sempre das pessoas que não conhece ninguém, não cumprimenta nem abraça ser algum. Não me sinto peixe fora de água, sinto apenas que me deixam nadar à vontade em àguas comuns.
E a conversa e os sorrisinhos nunca acabam... mesmo durante a apresentação, deixam escapar um adeus àquela que ali ficou na mesa do fundo; ou então uma pequena mímica feita ao colega Dr., tentando passar desajeitadamente as palavras "a gente ve-se no café depois,ta?". O Dr. solta um ok (e mais um sorriso) - e neste momento já devem ter perdido alguma das ideias mais interessantes partilhadas pelo orador. Mas pelo menos o café ficou combinado!
após os devidos discursos, era hora de presentear o público com alguns momentos musicais: ora temos um fadinho, ora um sambinha. O radical nisto tudo foi ainda termos um jazz e um remix... e tudo isto com as simples palavras de Florbela Espanca...ai o amor, ai o amor!!
quando dou por mim, já a sessão acabou e todos se dirigem para um novo aglomerado. caminho para lá e... fez-se luz!após uns copos de vinho do pó, uns canapés e uns dedos de conversa, lá comprei o livro da senhora - afinal, gostei de tudo à volta dela, sejam palavras,
sorrisos ou expressões.
Referência (não segundo as normas da cooperativa...poupem-me) - "Eu quero amar, amar perdidamente" Isabel Abecassis Empis
não sei discernir bem se gosto destes eventos pelo facto de ser sempre anónima entre os presentes, ou se, pelo contrário e pegando na ideia da minha acompanhante de sempre nestas rondas, "a gente gosta é de festa!"
independente da razão,venha a próxima :)