Já vos imagino a uma distância considerável e inalcansável ao olho humano. Ainda não relembro mas já sei antever os silêncios que vos pensam e vos tentam participar pormenores vários de uma vida ainda não vivida. Não sei ainda porque me preservo da forma que o faço, pois apenas sei que meu escudo me alenta ao mesmo tempo que me transforma.
Já pinto imagens conhecidas para mais tarde saber que ainda existem e que, provavelmente, continuam no mesmo sítio de sempre. Percorro, sem querer, ruas e praças das quais nunca senti falta, nem mesmo agora. Os sopros que sempre sinto parecem-me tão familiares que nem lhes sei atribuir essência; sendo imprevisíveis, nem anunciam chegadas ou ausências, o que, de certa forma, sempre foi o que mais me atraiu neles.
O “agora” pertence-me, mas apenas por breves instantes. Todos os “agoras” retêm em si uma pertença inatingível, pois só deles dá conta quem o tempo controla. Eu não sei manipular tal magia. Quero apenas sentir muitos “agoras” agora.
Tuesday, 11 November 2008
Sunday, 19 October 2008
Nunca mais...

(London,April2008)
Dias, dias, dias... dias que passam, dias que pesam.
Dias que se multiplicam quando deviam dividir-se.
Dias que comprimem o seu próprio tempo em partículas que não sabem ainda equacionar-se. Dias que criam e inovam os velhos dias, se sobrepõem a tudo o que outrora foi.
Dias que alcançam o poder das horas, dos minutos, que jogam todos uns contra os outros numa dualidade complicada demais.
Dias vão, dias voltam. Ontem, amanhã, depois...
Faltam 55 dias.
Faltam 55 dias.
Thursday, 16 October 2008
Senta, relaxa...

"Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um acidente provocado por excesso de cerveja:Uma jovem que bebeu demais atropelou o padre e os noivos na porta da igreja
E pro índio nada mais faz sentido~
Com tantas drogas proque só o seu cachimbo é proibido?
Maresia, Sente a maresia Maresia ...
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Acende, puxa, prende passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça"
Cachimbo da Paz - Gabriel, o Pensador
Wednesday, 15 October 2008
pensamentos fortuitos
A tentativa de horizontalizar as relações laborais entre os membros de uma empresa, revela-se uma tarefa algo complexa quando é notório que cada um fala um idioma diferente e defende ideologias muito próprias. Entre uns a disputa é saudável e adocicada com cumplicidades, entre outros, disputa é disputa, guerra.
Ao ver tudo isto através da posição de espectadora, não sei aplaudir ou ter reacções às birras e explosões de egocentrismo ridículas a que tantas vezes assisto. Bajulações à parte (trata-se de uma questão de sobrevivência), sei que ajudo a suportar uma estrutura que não foi bem edificada; mas sei também que essa estrutura deficiente me suporta a mim, num jogo dissimulado de troca suja de serviços, de omissões consentidas e papéis meio assinados.
É visivel que, a pouco e pouco, vou desejando o que não quero mas o que me fazem sentir. Complicado, de facto. Diariamente, vão-se produzindo todo o tipo de sentires novos por todo o tipo de pessoas. Comparando-me com os demais, penso até ser demasiado tolerante... e, sinceramente, confunde-me o cinismo. Estes demais adquiriram uma tal capacidade de se transmutar que, num minuto são clarividência e noutro a pura estupidez (aquela que irrita, mesmo).
...
As almas penadas do costume: caminham sempre na diagonal, chaves ao peito, passo apressado, cordiais, meios sorrisos, cumplicidades. Percebo os flirts que emergem no dia-a-dia no local de trabalho. E não só percebo como também os sinto, sem lhes atribuir qualquer sentir ou sentido, nada me fazem sentir. Eles existem porque sim e porque sem eles as essências ressentir-se-iam.
Ao ver tudo isto através da posição de espectadora, não sei aplaudir ou ter reacções às birras e explosões de egocentrismo ridículas a que tantas vezes assisto. Bajulações à parte (trata-se de uma questão de sobrevivência), sei que ajudo a suportar uma estrutura que não foi bem edificada; mas sei também que essa estrutura deficiente me suporta a mim, num jogo dissimulado de troca suja de serviços, de omissões consentidas e papéis meio assinados.
É visivel que, a pouco e pouco, vou desejando o que não quero mas o que me fazem sentir. Complicado, de facto. Diariamente, vão-se produzindo todo o tipo de sentires novos por todo o tipo de pessoas. Comparando-me com os demais, penso até ser demasiado tolerante... e, sinceramente, confunde-me o cinismo. Estes demais adquiriram uma tal capacidade de se transmutar que, num minuto são clarividência e noutro a pura estupidez (aquela que irrita, mesmo).
...
As almas penadas do costume: caminham sempre na diagonal, chaves ao peito, passo apressado, cordiais, meios sorrisos, cumplicidades. Percebo os flirts que emergem no dia-a-dia no local de trabalho. E não só percebo como também os sinto, sem lhes atribuir qualquer sentir ou sentido, nada me fazem sentir. Eles existem porque sim e porque sem eles as essências ressentir-se-iam.
Friday, 19 September 2008
Saturday, 23 August 2008
Will I
Gosto de saber que acredito no que cantam os mais aventurados.
Sentam-se, dispersam-se e olham com precisão para os picos de perfeição que alcançam com algo muito simples...apenas sentindo e sabendo ser.
Almas de bom espírito que passeiam mundo fora, seres comuns e nada fora do normal que procuram acolher-se e partilhar um pouco do que têm em si.
À medida que emergem no seu próprio espectáculo, continuam a olhar-se e por vezes até sorriem.
Olhares e sorrisos que espelham mais uma condição que neles se impôs.
Olhares e sorrisos que espelham mais uma condição que neles se impôs.
Se todos actuássemos assim, talvez não houvessem tantas disputas de poder, de energia... talvez assim nos erguêssemos todos em uníssono para entoar, no mesmo tom, diferentes partes de nós.
Encontros desejados seriam atribuídos e, provavelmente, todos saberíamos concentrar em nós a
preocupação pelo essencial: o colectivo.
preocupação pelo essencial: o colectivo.
Não se pretende, no entanto, perder uma individualidade tão singela, mas atribuir-lhe uma
substância natural: de que todos nós, sem exepção, fazemos parte de algo maior do que um corpo ou uma mentalidade.
substância natural: de que todos nós, sem exepção, fazemos parte de algo maior do que um corpo ou uma mentalidade.
Wednesday, 13 August 2008
Só por hoje
Well I'm sitting alone
with my guitar slidly out of tune
and it's a lovely night in June.
And I try to write a song
With a happy slomo melody
like I have tried so many times before
But I can't really tell you, what is wrong
but all that comes out is another sad song
maybe it's because I slept too long
and nobody called me on the phone.
Maybe I should hit town, have some fun
to smalltalking drink to the morning sun
maybe I should buy a brandnew dress
or learn up a usefull game like chess
Another lonely night, turns to day
with another hair of mine, turning grey
No I can't really tell you
just what is wrong, my dear,
but still what comes out is
another sad song.
with my guitar slidly out of tune
and it's a lovely night in June.
And I try to write a song
With a happy slomo melody
like I have tried so many times before
But I can't really tell you, what is wrong
but all that comes out is another sad song
maybe it's because I slept too long
and nobody called me on the phone.
Maybe I should hit town, have some fun
to smalltalking drink to the morning sun
maybe I should buy a brandnew dress
or learn up a usefull game like chess
Another lonely night, turns to day
with another hair of mine, turning grey
No I can't really tell you
just what is wrong, my dear,
but still what comes out is
another sad song.
The Bandits - Another Sad Song
Thursday, 7 August 2008
Divórcio & Sorrisos

As mais badaladas e controversas aceitações da nossa condição relacional sempre nos conseguem afastar do nosso equilíbrio natural. É por isso que se finge estar tudo bem quando, na prática, nada se resolve.
(Duas pessoas num barco olham-se, sem expressão. Quatro âncoras largadas ao mar)Os sorrisos apagados e as cumplicidades de outrora não mais se encontram, parecendo eternamente estranhas, nunca conseguindo manobrar a linguagem da mesma forma que souberam, um dia, tão bem harmonizar.
(Uma âncora é puxada. Esboça-se um leve sorriso, um convite)
Inúmeras são as tentativas de reconciliar o prazer dos pares. Estes, sempre confusos e assustados, tentam, algo desordenadamente, sem nunca saberem onde vão parar, entender a melhor forma de se preservar. Multiplicam-se ideias vezes ideias ao quadrado vezes ideias ao cubo a dividir por soluções possíveis, de forma a encontrar um espaço comum de entendimento.
(Os olhares sondam-se…Restam, agora, duas âncoras)
Passadas eternidades, as associações e esclarecimentos singulares parecem ter afastado todo o pó tóxico que pairava no ar desde há muito. A sabedoria adquirida não permite ainda limpar os cantos à casa, mas já é possível pensar em dar um salto maior (de fé). Entre portas e janelas, permite-se que um pouco de ar entre e permaneça ou, pelo menos, que se deixe apenas estar.
(Respira-se fundo…Duas âncoras menos uma âncora é igual a uma única âncora)
Quem deseja receber, abre os braços em sinal de re-toma. O tempo é, ainda, um sujeito malicioso, apesar de já se deixar controlar. A comunicação carece de ser explorada.Ainda tens medo? Confesso que sim. Mesmo assim, arrisco.
(Sorrisos de quem alcança)
Ainda tens medo? Confesso…Confesso…Confesso tudo. Em movimentos de unidade adquire-se, nesta fase, a sensação de leveza da alma, quase como uma lavagem cerebral, um regresso ao que foi, deixou de ser, é e, remando sem fim â vista, será.
(O barco move-se, sem atender à corrente… mas o movimento é directo e assertivo)
Hoje assinei os papéis do meu divórcio. Nunca tinha pensado que unisse tanto duas pessoas e lhes proporcionasse tanta felicidade em continuarem juntas.
Monday, 4 August 2008
Love Love Love

Brighton Pride `08
Pic by Mel K.
Is it alright for you to feel this way,
Put your head in my lap, the world will go away
We can go there, we can go anywhere
We can go there.
But is it alrightIs it alright
Is it alright to hold you through the night
You're my knees, my right to a world more beautiful
(...)
Kinnie Sytarr - Alright
Saturday, 2 August 2008
Thursday, 31 July 2008
Efeito P.
I understand the fascination
The dream that comes alive at night
But if you don't change your situation
Then you'll die, you'll die, don't die, don't die
Please don't die
Placebo - Commercial for Levi
The dream that comes alive at night
But if you don't change your situation
Then you'll die, you'll die, don't die, don't die
Please don't die
Placebo - Commercial for Levi
Tuesday, 22 July 2008
Saber se é
às vezes sinto que sei;
e quando sei, sei que sinto.
não será talvez dificil perceber as origens, mas alcançar objectivos prevê-se ser algo um pouco mais complexo. Hajam pistas decifradas ou atalhos por corromper, sejam eles quais forem.
Enigmas que se espalham por aqui e acolá mostram-se, sempre com certos receios, a quem os olha sem ,simultaneamente, os verem.
Perto do mar, onde tudo parece um cenário mais pacífico e limpo de impurezas mundanas, encontram-se os pequenos pedaços de nós perdidos no tempo. Ficaram lá atrás, nos verbos conjugados no passado e presos em conjugações tão estranhas quanto incómodas, por vezes.
Um mergulho faz emergir novas quantidades de nós mesmos. Continuidades que se resguardavam lá no fundo mas que esperam sempre ser escolhidas para uma nova vitalidade.
Mergulhemos fundo, muito fundo então...nós estamos lá, não nos esqueçamos.
e quando sei, sei que sinto.
não será talvez dificil perceber as origens, mas alcançar objectivos prevê-se ser algo um pouco mais complexo. Hajam pistas decifradas ou atalhos por corromper, sejam eles quais forem.
Enigmas que se espalham por aqui e acolá mostram-se, sempre com certos receios, a quem os olha sem ,simultaneamente, os verem.
Perto do mar, onde tudo parece um cenário mais pacífico e limpo de impurezas mundanas, encontram-se os pequenos pedaços de nós perdidos no tempo. Ficaram lá atrás, nos verbos conjugados no passado e presos em conjugações tão estranhas quanto incómodas, por vezes.
Um mergulho faz emergir novas quantidades de nós mesmos. Continuidades que se resguardavam lá no fundo mas que esperam sempre ser escolhidas para uma nova vitalidade.
Mergulhemos fundo, muito fundo então...nós estamos lá, não nos esqueçamos.
Saturday, 19 July 2008
The L-poem
saudades de te beijar
de te abraçar
de te tocar, de te ter nos meus braços
de te olhar bem de perto, de me ver no reflexo dos teus olhos.
saudades de acordar a teu lado e dizer "bom dia amor" e sorrir-te…
saudades de percorrer o teu corpo com as minhas mãos
de sentir o meu corpo contra o teu
de te olhar enquanto dormes
de te ouvir dizer que te roubo o lençol.
saudades de partilhar uma cama/colchão contigo
de partilhar uma almofada.
de beijos roubados…
saudades de TUDO em ti, de ti em mim, de nós
saudades...
saudades.
saudades...
de te abraçar
de te tocar, de te ter nos meus braços
de te olhar bem de perto, de me ver no reflexo dos teus olhos.
saudades de acordar a teu lado e dizer "bom dia amor" e sorrir-te…
saudades de percorrer o teu corpo com as minhas mãos
de sentir o meu corpo contra o teu
de te olhar enquanto dormes
de te ouvir dizer que te roubo o lençol.
saudades de partilhar uma cama/colchão contigo
de partilhar uma almofada.
de beijos roubados…
saudades de TUDO em ti, de ti em mim, de nós
saudades...
saudades.
saudades...
Thursday, 12 June 2008
vamos a ver...
se fosse possivel, acho que neste momento me apropriaria de um qualquer estado de preguiça social, mas as regras não permitem que assim seja...é pena! Não pagava nem me vendia por isso...mas contava mesmo poder faze-lo. Além disso de nada me envergonho, é normal, assim penso.
as noites passadas em branco a pseudo-estudar dão para coisas assim! O felino também está a ter uma estranha manhã, deve ser do tempo, pobre! Talvez volte ao sono comigo lá mais pelas horas normais da refeição do meio-dia..ou então, pelo contrário, passeemos um pouco os dois pela loucura do sol da tarde. vá se lá saber como adivinhar os dias...!
lá do outro lado, ao longe, alguém acorda ao som dos pássaros e vai passear pela terra das pessoas livres...
as noites passadas em branco a pseudo-estudar dão para coisas assim! O felino também está a ter uma estranha manhã, deve ser do tempo, pobre! Talvez volte ao sono comigo lá mais pelas horas normais da refeição do meio-dia..ou então, pelo contrário, passeemos um pouco os dois pela loucura do sol da tarde. vá se lá saber como adivinhar os dias...!
lá do outro lado, ao longe, alguém acorda ao som dos pássaros e vai passear pela terra das pessoas livres...
Friday, 23 May 2008
Thursday, 15 May 2008
Saturday, 10 May 2008
Bob Marley

Redemption Song (the last one...)
Old pirates, yes, they rob i;
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took i
From the bottomless pit.
But my hand was made strong
By the and of the almighty.
We forward in this generation
Triumphantly.
Wont you help to sing
These songs of freedom?
-cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs.
Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
cause none of them can stop the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
ooh!Some say its just a part of it:
Weve got to fulfil de book.
Wont you help to sing
These songs of freedom?
-cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs;
Redemption songs.
Tuesday, 6 May 2008
Friday, 2 May 2008
assembleia das almas
uma alma inexplicavelmente bela, sentada ao meu lado, debita existencialismos e fenomenologias psicopatológicas. senta-se um pouco torcida, entre folhas e explicações. por vezes, leva a mão ao cabelo em jeito de princesa, e cantarola uns pedaços de músicas que ecoam pela sala.
a divisão, sempre tão familiar, não nos encerra. apenas nos abriga e nos deixa ser. a mesa de vime, o sofá do conforto, a bancada,a janela...a janela. Essa abertura ao mundo, agora enfeitada com as cores de uma cortina improvisada.
e tu, aí desse lado do ecrã, sorris e vês um filme animado. contas-me dias amorosos e saudáveis, sempre (e agora) tão perto de mim. as milhares de palavras que trocamos por dia sabem a pequenas carícias, enamoradas pela vida e envoltas num sentir tão doce que por vezes me sinto embriagada por nós.
um colectivo efectivamente belo..que cenário! deixo apaziguar-me e consumir-me por tão contagiante energia. três almas, separadas pelo espaço, mas que se juntam numa corrente ligada pelos sentires. um manjar das deusas que vibra.
(cenário constituido por D & I & A)
a divisão, sempre tão familiar, não nos encerra. apenas nos abriga e nos deixa ser. a mesa de vime, o sofá do conforto, a bancada,a janela...a janela. Essa abertura ao mundo, agora enfeitada com as cores de uma cortina improvisada.
e tu, aí desse lado do ecrã, sorris e vês um filme animado. contas-me dias amorosos e saudáveis, sempre (e agora) tão perto de mim. as milhares de palavras que trocamos por dia sabem a pequenas carícias, enamoradas pela vida e envoltas num sentir tão doce que por vezes me sinto embriagada por nós.
um colectivo efectivamente belo..que cenário! deixo apaziguar-me e consumir-me por tão contagiante energia. três almas, separadas pelo espaço, mas que se juntam numa corrente ligada pelos sentires. um manjar das deusas que vibra.
(cenário constituido por D & I & A)
Monday, 28 April 2008
sintonias

Hoje, como ontem, sentei-me, escrevi e sonhei um pouco mais.
Se me pergunto como o faço não sei encontrar reposta, pois tudo surge de forma natural, emergindo em mim como um simples estado de ser que se impõe. Sejam quais forem as circunstâncias que perante mim se desenrolam, aqueço-me e debito o que de mim transcende.
(rompe o som do violino, da flauta, do piano desafinado, de um qualquer sopro distinto... alguém
tentando expandir uma vocalização quase desesperada)
tentando expandir uma vocalização quase desesperada)
E hoje, como ontem, caminhei, sonhando.
Sem dar rumo aos planos, ao tumulto envolvente, passos vivem nos membros e seguem, apenas. Seguem e seguem-se, sem nunca se repetirem ou sentirem o mesmo de outrora. Desfilam perante tudo o que é natureza e tudo o que esconde a natureza... porque seguem, apenas.
Talvez amanha, como ontem, me sente e caminhe novamente.
Monday, 21 April 2008
Sei lá
Dificilmente consigo alcançar um qualquer conforto em espaços como este, que não me pertencem, mas aos quais estou indirectamente ligada. A não pertença combina-se com a ausência, dando lugar à procura; procura de um espaço que espelhe tal qual o meu sorriso, assim mesmo como ele é e sente. As amarras estão praticamente soltas; anseia desprender-se de vez, deixando de vigiar continuamente obstáculos um tanto ou quanto macabros e surreais. Aquando
presa, poucos sentidos encontrei; agora quase solta, tento seleccionar sentidos que, numa bidireccionalidade objectiva demais, me direccionam ao espaço que, doravante, me irá pertencer.
Não anseio fugas ou escapatórias, mas oportunidades para olhar o infinito e fazer parte dele. Procuro um campo de flores onde possa, sem restrições, colher flores para ti, para ti e para ti...cada uma delas transportando essências tão particulares quantas as que vivem em cada um de nós.
Os sentidos accionam em nós alarmes de mudança.
Os meus acabaram de me despertar.
presa, poucos sentidos encontrei; agora quase solta, tento seleccionar sentidos que, numa bidireccionalidade objectiva demais, me direccionam ao espaço que, doravante, me irá pertencer.
Não anseio fugas ou escapatórias, mas oportunidades para olhar o infinito e fazer parte dele. Procuro um campo de flores onde possa, sem restrições, colher flores para ti, para ti e para ti...cada uma delas transportando essências tão particulares quantas as que vivem em cada um de nós.
Os sentidos accionam em nós alarmes de mudança.
Os meus acabaram de me despertar.
Sunday, 20 April 2008
Livre metáfora
uma minúscula partícula de mim tenta conciliar pensamentos.
ao lado de uma pequena mas permanente frustração académica, está uma vontade de saltar rumo às núvens, para nelas me deixar permanecer. Houvesse em mim coragem para o fazer e já outra história vos estaria a contar.
Tento contar os passos que daria até chegar lá acima...seriam tantos quantos aqueles que me impõe para chegar ao conhecimento absoluto e absurdo das práticas educativas que um dia alguém decidiu que seriam as melhores (pior: alguém ainda pensa que são mesmo as melhores e mais adequadas!)
A janela propõe-se então como escapatória ao terreno das práticas desarticuladas dos anos 80. Desconfio que mais de metade da inteligência no mundo desabrochou nessa época e por aí ficou. E, caso não se tenha perdido mas ande escondida, peço aos céus que se mostre, para que em mim se ilumine a chama da confiança e significado.
Dada a hora, já as núvens se dissiparam por entre as tonalidades escuras do céu. Assim também o conhecimento adquirido à pressão se dissipa, sempre mais depressa do que se espera.
Deixemos o passado no seu lugar. Não faz sentido tomá-lo como parte do presente quando no agora se faz tanto.
ao lado de uma pequena mas permanente frustração académica, está uma vontade de saltar rumo às núvens, para nelas me deixar permanecer. Houvesse em mim coragem para o fazer e já outra história vos estaria a contar.
Tento contar os passos que daria até chegar lá acima...seriam tantos quantos aqueles que me impõe para chegar ao conhecimento absoluto e absurdo das práticas educativas que um dia alguém decidiu que seriam as melhores (pior: alguém ainda pensa que são mesmo as melhores e mais adequadas!)
A janela propõe-se então como escapatória ao terreno das práticas desarticuladas dos anos 80. Desconfio que mais de metade da inteligência no mundo desabrochou nessa época e por aí ficou. E, caso não se tenha perdido mas ande escondida, peço aos céus que se mostre, para que em mim se ilumine a chama da confiança e significado.
Dada a hora, já as núvens se dissiparam por entre as tonalidades escuras do céu. Assim também o conhecimento adquirido à pressão se dissipa, sempre mais depressa do que se espera.
Deixemos o passado no seu lugar. Não faz sentido tomá-lo como parte do presente quando no agora se faz tanto.
Saturday, 19 April 2008
Somos

olho a mala vermelha deixada propositadamente em cima da cama. dentro dela encontra-se um pequeno pedaço de ti, do teu corpo que explorei. não lhe toco com receio de que o meu cheiro se misture com o teu... quero apenas o teu. mantenho-a onde quero, sempre perto. quero-a ali, naquele canto. posso ve-la de qualquer perspectiva ... e presencio-te quando toco, com gestos sempre suaves, e sinto a textura, o perfume. leva-me para longe, leva-me até ti, amor...
quero-te a ti, num cenário com luzes de natal. quero-te numa carpete áspera onde passemos horas a fazer isto e aquilo. quero-te num quarto com uma janela sempre meio aberta, com vista para todos aqueles que por ela passam. quero-te. quero-te numa cozinha onde partes queijo sobre uma mesa sempre com pedaços de vidas de outros. quero-te frente a um espelho, sentada num banco a arranjar a franja. quero-te em frente ao pc a escolher as músicas mais belas. quero-te a olhar para mim e a cantar. quero-te, quero-te, quero-te. quero-te a sair de manhã lutando contra a vontade de ficar. quero-te a beber cidra enquanto eu bebo coca-cola. quero-te a fazer amor comigo. quero-te a passear na rua comigo, de mãos dadas. quero-te a sorrir e abraçada a mim. quero-te sempre porque sim.
Pic by Mel K.
Monday, 14 April 2008
Mais um pequeno pedaço de Self
sento-me e descrevo o que olhar não vê, mas o que o coração sente.
assim de repente, lembro-me dos cheiros e vivências a que agora me comprometo.
as distâncias estão tão longe que pouco conseguem alcançar...não lhes sinto muita falta. O que agora me situa tem um maior sentido, assim como uma realidade mais conveniente, e será talvez por isso que me deixo levar, como quem apanha um comboio com destino "realidade".
os destinos assim são menos crueis, mais afáveis e calorosos. Mesmo que, por momentos conscientes, me deixe permanecer em situações e vidas comuns, experimento movimentar-me e apurar-me em novos sabores. E que bem me sabem!
continuo, no entanto, a pensar que regresso e des-regresso. Tanto mais, retenho o meu pensamento em passos de corrida que vão sendo necessários e como preciso aprender a correr...sempre a direito, sem atalhos ou falsas pistas. Descortinar olhares e traços que invejam... associar proezas a bem-estar espiritual.
em sentido contrário, a evolução não é possivel. É no sentido da descoberta (o que tem continuidade) que pretendo caminhar rumo a mim mesma, como quem desbrava terrenos à procura de sementes da terra.
assim de repente, lembro-me dos cheiros e vivências a que agora me comprometo.
as distâncias estão tão longe que pouco conseguem alcançar...não lhes sinto muita falta. O que agora me situa tem um maior sentido, assim como uma realidade mais conveniente, e será talvez por isso que me deixo levar, como quem apanha um comboio com destino "realidade".
os destinos assim são menos crueis, mais afáveis e calorosos. Mesmo que, por momentos conscientes, me deixe permanecer em situações e vidas comuns, experimento movimentar-me e apurar-me em novos sabores. E que bem me sabem!
continuo, no entanto, a pensar que regresso e des-regresso. Tanto mais, retenho o meu pensamento em passos de corrida que vão sendo necessários e como preciso aprender a correr...sempre a direito, sem atalhos ou falsas pistas. Descortinar olhares e traços que invejam... associar proezas a bem-estar espiritual.
em sentido contrário, a evolução não é possivel. É no sentido da descoberta (o que tem continuidade) que pretendo caminhar rumo a mim mesma, como quem desbrava terrenos à procura de sementes da terra.
Thursday, 3 April 2008
Des(encontros)
o fenómeno de lançamentos de livros, pequenas palestras, tertúlias - em particular os da área científa - geram sempre um aglomerado de pessoas do círculo. Pessoas essas que se cumprimentam e sorriem sempre, para onde quer que virem a cabeça, parecendo procurar constantemente novos conhecidos para abraçar e dizerem, com o sorriso, "eu também estou aqui, estás a ver?".
é do meu particular interesse observar estes comportamentos, na medida em que sou sempre das pessoas que não conhece ninguém, não cumprimenta nem abraça ser algum. Não me sinto peixe fora de água, sinto apenas que me deixam nadar à vontade em àguas comuns.
E a conversa e os sorrisinhos nunca acabam... mesmo durante a apresentação, deixam escapar um adeus àquela que ali ficou na mesa do fundo; ou então uma pequena mímica feita ao colega Dr., tentando passar desajeitadamente as palavras "a gente ve-se no café depois,ta?". O Dr. solta um ok (e mais um sorriso) - e neste momento já devem ter perdido alguma das ideias mais interessantes partilhadas pelo orador. Mas pelo menos o café ficou combinado!
após os devidos discursos, era hora de presentear o público com alguns momentos musicais: ora temos um fadinho, ora um sambinha. O radical nisto tudo foi ainda termos um jazz e um remix... e tudo isto com as simples palavras de Florbela Espanca...ai o amor, ai o amor!!
quando dou por mim, já a sessão acabou e todos se dirigem para um novo aglomerado. caminho para lá e... fez-se luz!após uns copos de vinho do pó, uns canapés e uns dedos de conversa, lá comprei o livro da senhora - afinal, gostei de tudo à volta dela, sejam palavras,
sorrisos ou expressões.
Referência (não segundo as normas da cooperativa...poupem-me) - "Eu quero amar, amar perdidamente" Isabel Abecassis Empis
não sei discernir bem se gosto destes eventos pelo facto de ser sempre anónima entre os presentes, ou se, pelo contrário e pegando na ideia da minha acompanhante de sempre nestas rondas, "a gente gosta é de festa!"
independente da razão,venha a próxima :)
é do meu particular interesse observar estes comportamentos, na medida em que sou sempre das pessoas que não conhece ninguém, não cumprimenta nem abraça ser algum. Não me sinto peixe fora de água, sinto apenas que me deixam nadar à vontade em àguas comuns.
E a conversa e os sorrisinhos nunca acabam... mesmo durante a apresentação, deixam escapar um adeus àquela que ali ficou na mesa do fundo; ou então uma pequena mímica feita ao colega Dr., tentando passar desajeitadamente as palavras "a gente ve-se no café depois,ta?". O Dr. solta um ok (e mais um sorriso) - e neste momento já devem ter perdido alguma das ideias mais interessantes partilhadas pelo orador. Mas pelo menos o café ficou combinado!
após os devidos discursos, era hora de presentear o público com alguns momentos musicais: ora temos um fadinho, ora um sambinha. O radical nisto tudo foi ainda termos um jazz e um remix... e tudo isto com as simples palavras de Florbela Espanca...ai o amor, ai o amor!!
quando dou por mim, já a sessão acabou e todos se dirigem para um novo aglomerado. caminho para lá e... fez-se luz!após uns copos de vinho do pó, uns canapés e uns dedos de conversa, lá comprei o livro da senhora - afinal, gostei de tudo à volta dela, sejam palavras,
sorrisos ou expressões.
Referência (não segundo as normas da cooperativa...poupem-me) - "Eu quero amar, amar perdidamente" Isabel Abecassis Empis
não sei discernir bem se gosto destes eventos pelo facto de ser sempre anónima entre os presentes, ou se, pelo contrário e pegando na ideia da minha acompanhante de sempre nestas rondas, "a gente gosta é de festa!"
independente da razão,venha a próxima :)
Tuesday, 1 April 2008
*
vamos extrapolar o ridiculo...porque não? hajam almas corajosas que o façam prontamente!!desafio quem neste jogo entrar a trasnformar-se, a desejar-se. não cedam a limites, ultrapassem-nos e ergam-se...
não se cansem, não deixem de desejar, vamos embriagar-nos de sentires e actos ilegais!
(o corpo estendido no chão, ofegante, não quer cessar... chama por mais, anseia o limite)
as palavras coexistem com ritmos pretensiosos de imagens pensadas, mesmo que ninguém lhes perceba o sentido. afinal, o ridiculo de ser ridiculo é ser apenas ridiculo...com loucura, sem lógica significativa. e o que atrai em tudo isto é a desforra contra a seriedade e limitação, a prisão do não ser politicamente correcto.
assustador? não, de todo. libertador? por certo será.
peace*
não se cansem, não deixem de desejar, vamos embriagar-nos de sentires e actos ilegais!
(o corpo estendido no chão, ofegante, não quer cessar... chama por mais, anseia o limite)
as palavras coexistem com ritmos pretensiosos de imagens pensadas, mesmo que ninguém lhes perceba o sentido. afinal, o ridiculo de ser ridiculo é ser apenas ridiculo...com loucura, sem lógica significativa. e o que atrai em tudo isto é a desforra contra a seriedade e limitação, a prisão do não ser politicamente correcto.
assustador? não, de todo. libertador? por certo será.
peace*
ausências e constrangimentos
o "deparar-me com", depois de uma breve ausência, empurra-me, de súbito, para um agir pouco pensado, impulsivo e deveras estranho. com alguma comédia negra pelo meio, vejo que estas situações acontecem de forma totalmente imprevista e sem lugar previamente marcado.
moldado também pela sua sequência extensa e numerosa, dou vagar à memória para retornar a outros tais momentos incólomes. sinto então que um filme desfragmentado se desenrola perante mim, e pedaços de pedaços meus se tentam unir com o intuito de formar um sentido que nitidamente nunca teve...nem terá.
de braços dados, vem uma imaginação discreta, que tenta vestir-se de transparente e passar despercebida. a desgraça está mesmo nessa trasnparência... porque se vê. e nela se afiguram vultos desordenados de passados um tanto ou quanto atormentados, seja pela alegria, ou pela insanidade de ser alegre.
nesta sequência doentia, tenta, ainda que timidamente, emergir a lógica das pertenças. sim, porque perante a descrição acima elaborada, uma certa confusão reina no mundo dos pensadores pensantes. mas, como é sabido, ninguém se descuida de um laço prontamente amarrado ao peito, junto à bomba que nos permite viver e, sobretudo, gostar de viver.
quebram-se as leis, derrubam-se muros, debatem-se ideias, transformam-se mentes...
e tudo isto à mercê de qualquer um, sem custos adicionais.
have a nice day :)
moldado também pela sua sequência extensa e numerosa, dou vagar à memória para retornar a outros tais momentos incólomes. sinto então que um filme desfragmentado se desenrola perante mim, e pedaços de pedaços meus se tentam unir com o intuito de formar um sentido que nitidamente nunca teve...nem terá.
de braços dados, vem uma imaginação discreta, que tenta vestir-se de transparente e passar despercebida. a desgraça está mesmo nessa trasnparência... porque se vê. e nela se afiguram vultos desordenados de passados um tanto ou quanto atormentados, seja pela alegria, ou pela insanidade de ser alegre.
nesta sequência doentia, tenta, ainda que timidamente, emergir a lógica das pertenças. sim, porque perante a descrição acima elaborada, uma certa confusão reina no mundo dos pensadores pensantes. mas, como é sabido, ninguém se descuida de um laço prontamente amarrado ao peito, junto à bomba que nos permite viver e, sobretudo, gostar de viver.
quebram-se as leis, derrubam-se muros, debatem-se ideias, transformam-se mentes...
e tudo isto à mercê de qualquer um, sem custos adicionais.
have a nice day :)
Thursday, 20 March 2008
DCD - Hymn for the fallen
My attends to you as a mother fears while her children sleep
Now look, see how they're dreaming
The black reciteries, while the children dream
Don't go so deep in slumber
Where you'll shy
Know you'll wander in sleep
Don't you fly too far away
Some men die without crying
Suffering so long and alone
Softly, children, dry your eyes
Gently, children, be wise
My attends to you as a mother hears all her children's fears
So don't cry, all will wash away when we pray
Soon, soon, soon, soon, soon
So if it's okay, i'll wait with you while the sun began to shine
Oh look, your wings are broken
But never a lie was spoken
The murdered thing is love, you see
Drifting on a lake of memory
Now sleep, close your eyes and have no fear
A wide blue sky is very near
Soon, soon, soon, soon, soon
Now sleep, close your eyes and have no fear
A wide blue sky is very near
Now look, see how they're dreaming
The black reciteries, while the children dream
Don't go so deep in slumber
Where you'll shy
Know you'll wander in sleep
Don't you fly too far away
Some men die without crying
Suffering so long and alone
Softly, children, dry your eyes
Gently, children, be wise
My attends to you as a mother hears all her children's fears
So don't cry, all will wash away when we pray
Soon, soon, soon, soon, soon
So if it's okay, i'll wait with you while the sun began to shine
Oh look, your wings are broken
But never a lie was spoken
The murdered thing is love, you see
Drifting on a lake of memory
Now sleep, close your eyes and have no fear
A wide blue sky is very near
Soon, soon, soon, soon, soon
Now sleep, close your eyes and have no fear
A wide blue sky is very near
Monday, 17 March 2008
sentimentos que se elevam

faço pesquisas de memórias em registos pendentes
deixei-os assim por, simplesmente, assim terem de ficar
actos irreflectidos ou mecanismos de defesa...sejam lá o que forem, ficaram em espera.
devolvo-os agora a mim mesma como quem se devolve a uma pátria, a um ninho
no fundo, onde pertenço é onde não quero estar
o meu "estar" encontra-se, neste momento, num paradoxal campo de existência.
sem mapas ou coordenadas, sigo pensando
e escolho seguir emoções, impulsos e existências com sentido,
oportunidades reais, situadas num "ainda" não palpável.
se me encontrarei ou não, é questão que permenece adormecida
mas decerto (e com esperança espero que) um espaço me irá ser concedido.
Tuesday, 4 March 2008
carta dirigida

aos doutores e mestres,
meus caros, muitos são os do vosso círculo que não merecem palavras de bem dizer.
são formados, sim - mas não em relações humanas (questiono-me sobre a vossa prórpia identidade...com pena!), são inteligentes, sim - mas não ao ponto de entenderem que saber relacionar-se é algo crucial para a vossa própria felicidade e realização...
não sei bem se vale a pena pensar em tais seres, pois tudo o que os abraça são raízes velhas e fracas, sem vida.
por algum acaso, têm vocês alguma ideia da fragilidade que vos envolve? espelham isso com atitudes prepotentes e desrespeito para com pessoas que são tão ou mais pessoas do que vocês! insolentes!
não tenho cor para vos atribuir...lamento.
pessoas que dizem trabalhar com pessoas, que tentam melhorar a sua qualidade de vida (física e meantal) são, no fundo, pessoas frustradas, que não sabem estabelecer contacto,comunicar, que têm uma qualquer disfunção (claramente mental) que os impede de perceber algo muito simples: somos todos fruto do mesmo, todos temos espaço no mundo, ninguém é mais do que ninguém... mas vocês, são muito menos do que aquilo que pensam.
desejo algo diferente de vocês: não quero um projecto de vida baseado na estupidez; quero sim, porque luto e porque tenho direito (por favor, dêm-me espaço) um projecto de alcance, de harmonia e de partilha.
PS - a todos aqueles que sentiram algum sentimento menos bom ao lerem as palavras que acabei de escrever...ela é direccionada a vocês mesmos!
aprendam a ser felizes
saudações de um ser que sabe sorrir
A.
Monday, 3 March 2008
a felicidade de quem me rodeia

sorrisos amiga, milhões de sorrisos te abraçam
querem-se nossos numa cumplicidade que parece milenar.
alô doce j.?...
sim, sou eu quem te dirige graciosas palavras
pois hoje, mais do que nunca, o teu sorriso chamou o meu :)
desejos de permanência em grandioso sentimento;
merecedoras somos ambas de tal paixão pela vida.
ansiamos, sem expecativa a mais, pelo nosso momento individual;
acompanhadas estamos de nós mesmas,e connosco seguimos e trilhamos amores e desamores.
desenho laços em ti, de todas as cores e mais algumas...
sei pintar-te quando de ti surge um esboço de alegria
e, sempre contigo, acompanho tamanha obra da vida.
um brinde à amizade, ao sentimento.
à nossa!
Saturday, 1 March 2008
Saudade em mim
Haja o que houver, eu estou aqui
Haja o que houver, espero por ti
Volta no vento o meu amor
Volta depressa, por favor
Ha quanto tempo ja esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor
Eu sei
Quem es para mim
Haja o que houver
Espero por ti
Ha quanto tempo ja esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor
Eu sei
Quem es para mim
Haja o que houver
Espero por ti
Madredeus - Haja o que houver
Haja o que houver, espero por ti
Volta no vento o meu amor
Volta depressa, por favor
Ha quanto tempo ja esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor
Eu sei
Quem es para mim
Haja o que houver
Espero por ti
Ha quanto tempo ja esqueci
Porque fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor
Eu sei
Quem es para mim
Haja o que houver
Espero por ti
Madredeus - Haja o que houver
Tuesday, 26 February 2008
Eu,Tu,Ele/Ela,Nós,Vós,Eles/Elas

o momento presente recria em mim inúmeras e dolorosas conjugações de verbos que se querem finalizados. sem desejos de entendimento, acabo, por fim, a pensar que poderei fazer de mim própria um verbo, conjugado por todos vocês, em uníssono... como se de uma sinfonia de amor se tratasse.
muitas foram as situações em que, silenciosa ou euforicamente, os entoei perante e para todos vocês. e sei que o sentiram, que eu o senti por vocês e, assim, vos fiz sentir que o sentiram. indiferente às distinções dos tempos, faço da minha presença o próprio tempo. quanto ao espaço, esse, decididamente, encontra-se fora de mim e perdido nele mesmo. sem regras e leis, passeia no à-vontade caracteristico dos fenómenos amplamente subjectivados por alguém frustrado que acabou - porque acabam sempre - por querer definir o que, sem sombra de dúvida, não se define com palavras de gente. um alfabeto aleatório e fora do nosso alcance o define...deixemos esse pormenor.
adiante...
clarifico-me e sei que sinto, porque as horas que hoje por mim passaram foram conjugadas com verbos precisos e puros, do mais límpido e trasnparente que pode existir, da forma mais lúcida à mais simples que a natureza dos seres permite existir. contactos inesperados, assim o posso definir... tavez por serem tão pouco acessiveis ou, então, por serem tão complicados de compatibilizar em nós.
assim o escrevo, porque uma borboleta me proporcionou concluir que assim era, pelo menos para o dia de hoje. e porque a mesma borboleta, tão permanente nos meus pensamentos, se deve permitir abraçar a ela mesma...e, se necessário, vou abraçar-me com ela. sim, faz-se luz quando duas almas se encontram e se partilham desta forma, quase incandescente.
e, como sempre, acredito.
Tuesday, 5 February 2008
A ria tinha de o levar...
- Segunda-feira, 4 Fevereiro 2008 - 00:30
Pescador cai à Ria e morre afogado
O corpo de José Santos foi encontrado a meio da tarde por um familiar. Eram 16h45 e o pescador de 82 anos estava desaparecido pelo menos desde as 05h00 da madrugada. Foi a essa hora que os familiares do homem encontraram o pequeno barco, de três metros e meio, no areal poente da Praia de Faro, do lado da Ria Formosa. Tinha saído para pescar uma hora antes.
in Correio da Manhã
Saudades, Sr.Zeca
Homem íntegro, generoso, humano.
A ria tinha de o levar...
Pescador cai à Ria e morre afogado
O corpo de José Santos foi encontrado a meio da tarde por um familiar. Eram 16h45 e o pescador de 82 anos estava desaparecido pelo menos desde as 05h00 da madrugada. Foi a essa hora que os familiares do homem encontraram o pequeno barco, de três metros e meio, no areal poente da Praia de Faro, do lado da Ria Formosa. Tinha saído para pescar uma hora antes.
in Correio da Manhã
Saudades, Sr.Zeca
Homem íntegro, generoso, humano.
A ria tinha de o levar...
Em vez de ser, Ser

quem somos ou quem achamos ser pode dar origem a diferentes significados de um todo coerente
ou somos partes de um todo ou nos encaixamos por partes em determinada entidade.
esta diferenciação, tão discutida ao longo dos tempos deixa, a cada um de nós, as mais diversas questões.
dúvidas e reflexões credíveis, na verdade, mas que se encontram sempre num ponto de origem comum: o facto de Sermos humanos
e, se no fundo, nos denominamos de ser humanos, há que agir como tal.
fará algum sentido sermos alguém que não somos quando sabemos verdadeiramente que alma nos ocupa?
a sério, vale a pena acreditar nas pessoas, nem que seja por breves momentos.
e se acreditar nelas nos leva a acreditar em nós mesmos, será essa então a nossa missão.
o acreditar em algo parte de nós e em nós se terá de manter.
se é recíroco ou não pouco importa, pelo menos num início pouco esclarecedor tão típico das mais de mil milhares fases da vida.
a fixação num acreditar, qualquer que seja, guia-nos permanentemente por novos trilhos e descobertas
e será nessa direcção que se encontra o Sentido
(isto para os que anteriormente ainda não se tivessem deparado com ele).
sendo indiferente ao caminho de cada um, há quem tenha dificuldades acrescidas nas escolhas,
o que no fundo se legitima pela simples razão de Ser especial.
para almas iluminadas, caminhos iluminados
e, há que dize-lo, a luz não está sempre presente e muito menos implica facilidade.
pelo contrário, há que ter magia e encotrá-la no meio de todo um aglomerado confusional de escuridão.
não sendo algo mais complicado, é sim algo com um carácter de desafio
aceitá-lo ou ignorá-lo é continuar a viver ou deixar-mo-nos levar pela ausência de sentido das coisas.
o desconforto da indecisão por vezes tortura
e procura-se pacificar a alma em pedaços insignificantes de vidas alheias.
mas será esse relamente o sentir que nos pertence?
até poderá ser, se o misturarmos com o nosso e o denominarmos como um plural acolhedor.
mas uma vez não sendo plural, será um singular
1) em construção
2) desfragmentado
3) sem aparente sentido
assim, procurar... será o verbo mais adequado e o mais permanete em nós
assim, procurar... será o verbo mais adequado e o mais permanete em nós
talvez mesmo aquele que faz mais sentido
aquele que será companheiro de viagem ou, ainda, o conteúdo da nossa bagagem emocional.
faz sentido sermos quem somos, principalmente quando somos tanto e nunca demasiado.
Monday, 14 January 2008
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